OS LUSÍADAS E A IMORTALIDADE DE CAMÕES



"Cesse tudo o que a Musa antiga canta, Que outro valor mais alto se alevata". Passados 450 anos da conclusão obra de gênero lírico, OS LUSÍADAS, patrimônio da língua portuguesa, nela vive e habita para sempre o poeta, na rima de cada verso e nas entrelinhas de cada estrofe, com as emoções e sensações que desperta.

Uma das obras mais importantes da língua portuguesa, da lavra do talento lusitano Luís Vaz de Camões. Começou ser escrita no ano de 1556, sendo concluída em 1571. Publicada em 1572, nela desperta o poeta falecido no ano de 1580; e, do mausoléu em que jaz, no Mosteiro dos Jerônimos, a morte que o visitou num dia 10 de junho, como este, nada pode além de ter posto fim a existência física.


Quem cultiva letras floresce no intangível que será e, por isso, neste ano em que se contabiliza a efeméride dos 450 anos da conclusão do célebre poema lírico, o dia 10 de junho é data oportuna e propícia para fazer memória de Camões e debochar da famigerada foice daquela funesta hora comum a todos os viventes.

Lusíadas é mais que obra literária. É o testemunho vivaz da subsistência de uma existência, acima de tudo poética e imorredoura, pois a imortalidade acadêmica se perfaz na velada rebeldia aos domínios do esquecimento que, de todas, é a pior forma de morte, pois o é ao cubo: no físico, no metafísico e no valor.

Ave Lusíadas. Viva Luís Vaz de Camões.

(Mauricio Gomes, APLAC) 

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