O DIA DA ÁGUA.
(Aymoré Alvim, ALL, APLAC, AMM)
O homem cortou a mata,
A mata da beira rio.
A terra fértil secou.
O rio deixou de correr.
O céu também ficou triste
E, assim, parou de chover.
Por que o homem faz isso?
Para plantar e criar.
E, assim, pensando nele
Não se importa em deixar
Muitas pessoas sem água
Para beber e usar.
Ele perdeu suas plantas
Sem ter água pra molhar.
O gado também ficou fraco
Perdeu peso sem comer.
As dívidas foram aumentando
Ele sem poder vender.
Só aí que viu seu erro
Mas era tarde pra ver.
É por isso que acontece
Chover demais num lugar.
Nos outros a seca impera,
Esse é o preço a pagar.
Pior é que todos pagam
Sem ter a quem reclamar.
Na hora de destruir
Prevalecem as amizades.
Quando vem a “ribordosa”
Querem solidariedade.
Criam até Dia da Água
Pra esconder a verdade.
Agora, não adianta,
O céu fechou as torneiras.
Se abriu em algum lugar
É pra mostrar as asneiras
Que o homem vem cometendo
Todo dia, a vida inteira.
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