DEPOIMENTO DE GRATIDÃO
(Edilson José de Araujo, APLAC)
Devo a minha formação religiosa , humana e profissional ao querido Frei José. Homem sério, honesto e trabalhador. Merecedor do nosso respeito e considerações.
Convivi diariamente por 06 (seus) anos consecutivos. Quando interno do Patronato São Tarcísio. Lá aprendi junto a Frei José, as primeiras lições religiosas, as responsabilidades com as tarefas de estudo, de pontualidade e perserverança. Trabalhos domésticos, de granja. Organização das Capelas e Igrejas. O esporte era destaque para os alunos do internato, bem como a Educação Física.
(Alunos do Patronato São Tarcísio, com frei José. Foto: Sandra Mendes)
Foi Frei José o grande baluarte das construções civis. Construiu o Auditorium do Colégio Pinheirense. A Quadra de Esportes do mesmo colégio . Construiu o Patronato São Tarcísio, o primeiro sobrado de 03 (três) andares de nossa cidade . Construiu o prédio para Granja, e Carpintaria, Trabalhos Cerâmicos. Construiu também, quase a totalidade do Colégio Pinheirense. Fez uma Estação de Tratamento de Esgotos - ETE, já naquela época, nas dependências do Patronato. Coordenou todas as Olimpíadas deste colégio. No esporte, foi propulsor de todas as modalidades esportivas do C.P. Daí ter proporcionado pela vez primeira esportes como: Futsal, Basketball, Spiribol, Cabo de Guerra, Corrida Estafeta, Salto em Alturas, Salto com Vara, Salto em extensão e tantos outros.
Incentivou aos alunos internos o interesse e conhecimentos pelo civismo e moral, intercalados por atividades movidas pelo trabalho.
Adorava criar alternativas de entretenimentos. Chegou a aprender jogar "PIÃO" e brincava junto com os internos. Criou Campeonatos de SALOTEX (jogo de botão). Disputado internamente no Patronato São Tarcísio.
A maioria das árvores plantadas nas praças e principais avenidas de Pinheiro (Praça José Sarney, Av. Dr. Paulo Ramos) foram iniciativas de Frei José, e não por políticos, como muitos pensam. Utilizando a mão de obra dos internos, (inclusive a minha). As árvores mais antigas da Praça José Sarney ainda existentes, e da Praça Centenário, recentemente extintas pela nova construção desta. Passaram pela administração de Frei José.
Criou o Grupo de Escoteiros São Miguel, Lobinhos e Bandeirantes, que muito contribuíram com as modalidades sociais desta terra.
Organizou as Santas Missões e todos os eventos religiosos desta terra contaram com sua contribuição. A exemplo da Semana Santa, com programações realizadas na Matriz. Como a procissão do Senhor Morto, Lava Pés e demais cerimônias.
A comemoração dos 100 anos de nascimento de Frei José. Iniciativa da APLAC, é algo de mais justo nesta terra. Foi ele na minha opinião, quem mais contribuiu para o desenvolvimento cultural deste espaço terráqueo. A nenhum outro ser, político, particular ou religioso devemos tantos trabalhos, dignidades e prestezas. Basta vermos quantas pessoas alunos, do C.P. e do Patronato São Tarcísio, passaram diretamente por este ser humano. Pelo querido e eterno Frei José Preziosa.
Obrigado eterno mestre, de formação e da vida. Obrigado mesmo. Aqui um ex-aluno, que provou vossa generosidade e competência em todos os sentidos: (até por ser um aluno problemático,) trabalho, princípios morais e bons tratos com todos. Um abraço fraterno. A certeza absoluta que faço justiça em lhe homenagear. Foi o senhor, o.mais nobre, mais humano, sério, competente e trabalhador da boa importação que a Itália nos proporcionou.
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OBSERVAÇÃO: Giuseppe (José) Preziosa, patrono da cadeira 39 da APLAC, religioso da congregação dos Missionários do Sagrado Coração, nasceu na Itália em 19 de janeiro de 1921. Fez parte do primeiro grupo de padres italianos que chegaram em Pinheiro no dia 15 de agosto de 1946. Educador exímio, trabalhou incansavelmente para erradicar o analfabetismo na cidade de Pinheiro-MA. Por ocasião do transcurso dos 100 anos do natalício deste baluarte da educação pinheirense, a APLAC lança uma série de publicações intituladas "Lembranças de Frei José Preziosa", como uma das formas de celebrar a efeméride do centenário do nascimento do homenageado.
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