AOS ALBORES DO ANO NOVO


AOS ALBORES DO ANO NOVO
(Aderaldo dos SANTOS ALVES, da APLAC)

A chegada do ano novo motiva-nos a nos alegrarmos e revestirmo-nos de sentimentos mais fraternos, a partilharmos com os demais os nossos anseios, esperança e expectativas.

Talvez este sentimento seja um prolongamento daquele que nos provém do Natal, manifestação de nossa esperança de que algo melhor nos vai acontecer no ano novo que se inicia.

Natal é tempo de paz, anunciada através do canto dos anjos e repetida nas vozes dos homens, mulheres e crianças de todos os tempos da história cristã.

Hoje, mais do que nunca, necessitamos de paz, alimentando a esperança de que ela não está distante, porque o Menino cujo Natal que celebramos vem nos trazer a Sua paz. Precisamos de paz, fruto da justiça, do respeito aos direitos dos outros, do exercício da solidariedade, da doação voluntária de nós mesmos para que os outros tenham vida, tenham-na em abundância (Jo 10,20).

O mundo precisa de paz. Mas, necessita antes recuperar a esperança de que ela – a paz – é viável, na medida em que cada um de nós acredite ser possível e urgente construí-la no nosso caminhar e pelo nosso caminhar, não junto aos outros, mas com os outros.

E assim os nossos anseios, esperança e expectativas, sempre renováveis, transformar-se-ão em certezas com as quais construiremos um mundo novo, porque alicerçado na paz que nos é dada no Natal: Jesus Cristo, o Deus conosco.

Se assim o forem, maior razão para serem cultivados, partilhados e vividos, pois têm por fundamento algo mais que as alegrias humanas do convívio social.

Cristo, Aquele que nos veio trazer a paz, é o fundamento dos nossos anseios, esperança e expectativas, no ano que começa.

E a paz seja uma das nossas preocupações durante este ano: paz interior de cada um, paz no seio das famílias, paz no ambiente de trabalho, paz nos relacionamentos sociais, paz em todos os lugares e em todos os momentos.

O nosso compromisso com a paz deve fazer parte da nossa existência individual e coletiva, familiar e comunitária, principalmente no primeiro dia do novo ano, conhecido como o Dia Mundial da Paz, instituído pelo papa Paulo VI (1897 – 1978) e, também, adotado pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o Dia da Confraternização Universal, consagrado, prontamente, no Brasil, pela lei n° 108, de 29 de outubro de 1935, à comemoração da fraternidade universal e foi estabelecido como feriado nacional. É um autêntico e verdadeiro feriado cívico universal.

Oportuno e necessário torna-se mister lembrar que, aos albores do novo ano, celebramos o 55° Dia Mundial da Paz. Ao ensejo, o papa Francisco, através de Mensagem, propõe-nos à reflexão e práxis: “Diálogo entre gerações, educação e trabalho: instrumentos para construir a paz duradoura.”

No documento em apreço, o sumo pontífice assevera: “Quero propor, aqui, três caminhos para a construção duma paz duradora. Primeiro, o diálogo entre as gerações, como base para a realização de projetos compartilhados. Depois, a educação como fator de liberdade, responsabilidade e desenvolvimento. E, por fim, o trabalho, para uma plena realização da dignidade humana. São três elementos imprescindíveis para tornar ‘possível a criação de um pacto social', sem o qual se revela inconsistente todo o projeto de paz”.

Em síntese, a mensagem papal afirma: Oxalá sejam cada vez mais numerosas as pessoas que, sem fazer rumor, com humildade e tenacidade, se tornem dia a dia artesãs da paz. E que sempre as preceda e acompanhe a benção do Deus de paz.”

Se quisermos ser seguidores do Príncipe da paz, tornemo-nos convidados, convocados, estimulados, impulsionados a palmilharmos os caminhos propostos pela mensagem papal. Cultivemos a paz, anunciemo-la e dela sejamos instrumentos. Abençoado e santo ano novo – 2022!

Comentários