DIA INTERNACIONAL DA MULHER


DIA INTERNACIONAL DA MULHER.
(Aymoré Alvim, APLAC, AMM, ALL).


Neste 8 de março é comemorado, no Brasil e em diversos países, o Dia Internacional da Mulher. A data se reporta ao fatídico 8 de março de 1857 quando cerca de 130 trabalhadoras pereceram pelo fogo, num trágico incêndio ocorrido durante uma manifestação de protestos, em Nova Iorque, Estados Unidos, contra os baixos salários que recebiam e as insalubres condições às quais eram submetidas. A data também é alusiva ao movimento grevista por “pão e paz” das mulheres russas que por fim conseguiram o direito ao voto, ocorrido a 23 de fevereiro de 1917 pelo calendário Juliano adotado na Rússia que corresponde a 8 de março, no calendário Gregoriano seguido por outros países.

É o momento em que além de muitas manifestações, de comemorações por vitórias alcançadas e de planejamento para outros tantos movimentos reivindicatórios, as mulheres aproveitam-no, ainda, para analisar as posições assumidas nas lutas que de há muito vêm travado juntamente com outros segmentos sociais, na busca dos plenos direitos inerentes a todos os cidadãos pelo menos nas sociedades democraticamente organizadas.

Não se trata, portanto, de uma luta de sexos, mas contra todo um sistema excludente e perverso que tende a rechaçar não somente as mulheres, mas, ainda, os pobres, os negros, os índios e muitos outros grupamentos sociais ditos minorias, nem sempre pela sua expressão numérica mas, sim, pela falta de voz, de representação política e de oportunidades, o que os exclui da partilha equânime dos bens sociais

A permanente busca dessa equidade se traduz por livre acesso ao mercado de trabalho com salários justos, garantia dos direitos trabalhistas, do direito à educação nos três níveis, ao lazer, à saúde, a uma vida segura e tranquila e à moradia condigna.

A participação de todos, homens e mulheres coesos na perseguição destes objetivos, reforça a expressão de uma parceria histórica e milenar, causa primeira da vida humana no planeta e base organizacional da família, das sociedades e das nações.

Homenageá-las, neste dia, é o reconhecimento do excepcional trabalho que executam pelo bem-estar social e pela indispensável contribuição à estabilidade das relações sociais da qual o homem não pode prescindir.

Queremos, aqui, em reconhecimento póstumo, aproveitar a oportunidade deste dia, para tributar a nossa homenagem a todas as mulheres que se dedicaram à causa do desenvolvimento de Pinheiro e, de modo muito especial, àquelas que com dedicação muito contribuíram, no campo educacional, para o fortalecimento da formação cidadã do nosso povo.

Resgatemos, neste preito de gratidão para registro em nossa história, os nomes das primeiras educadoras que com seus esposos vieram das vilas de Alcântara, Guimarães e São Bento para se radicarem, no Lugar do Pinheiro, em fins de 1829 e início da década de 1830: Antônia Raimunda Braga, Alice Cerveira de Albuquerque, Zeferina Rodrigues dos Santos e Custódia Azevedo.

No início do século passado, outras abnegadas mestras concorreram com o seu trabalho, no processo de alfabetização e do ensino primário, das crianças pinheirenses: dona Rosa dos Santos Sales, falecida em junho de 1923; dona Zica Freitas, primeira professora normalista a exercer o magistério em Pinheiro; Etelvina Rosa Ribeiro, Luíza de Castro Freitas, Júlia Ubaldo Pimenta, Dália Reis, Fausta Reis, Flora Durans, Beni Ferreira, Milica Maramaldo, Raimunda Nogueira, Ricardina de Araújo Sodré, Raimunda e Donaltide Corrêa, Doninha Pereira, Inez dos Reis Castro, Naíza Antunes de Souza, Francisca Souza, Noemy Pereira Magalhães, Maria Paiva Abreu, Maria Hilda Monteiro e Zélia Perderneira Costa Ribeiro em cuja memória nos congratulamos com todas as colegas professoras de Pinheiro, nesta data, em que todos lhes desejamos muito êxito, na certeza de que a luta não foi e não será em vão.

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